Há momentos em que nos aparece um sentimento que não sabemos explicar. Aperta-nos o peito de uma forma que não conseguimos respirar, que nos deixa a boca seca, que nos faz suar as mãos. Sabemos que nos sobe pelas entranhas, que nos sufoca no desejo de estar, de sentir, de ser. Um suor frio que nos afronta a testa, uma dor nos rins como se estivessemos a carregar um peso, o estômago que não nos dá fome e a água que não nos apaga a sede. O coração que nos salta do peito, em cavalgada trôpega. Dobramo-nos sobre nós próprio, agarrados à barriga que dói, as lágrimas que nos caem sem ser de tristeza, caimos de joelhos ao chão que o querer nos tira as forças.
É assim que sinto as saudades. É assim que estou agora.
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25 de Julho, 2009 at 05:13
Querido John.
Conheço-as. As minhas crescem num ruído surdo, que ensurdece mudo e nos distrai e transporta para lá. Lá onde se procura refúgio e se cheiram partículas do outro. Onde se revêm silhuetas nas sombras e se recordam os dedos que nos desenham. Vozes que sulcam em tom grave e gostos que sabem a migalhas pela vontade do bolo.
São sopros quentes que nos derretem agridoces pela falta que nos obriga a um eterno retorno.
Sei que é uma dor meiga, séria, que só se sente por quem se quer muito bem.
25 de Julho, 2009 at 16:44
Não há saudade sem um profundo amor.
25 de Julho, 2009 at 22:32
Verdade.
26 de Julho, 2009 at 10:09
Inequivoca.