Gosto de ficar quieto, sossegado, sentado no chão frio e trazer-te ao pé de mim. Gosto quando te sentas ao pé de mim, de costas na parede e me fazes voltar para ti e sorrir.
Gosto de conversar contigo sobre o tanto que já me mostraste, o tanto que já me deste. Aquele momento em que descias as escadas, aquele momento em que me mostraste as falésias, aquele momento em que me deixaste captar-te.Gosto de te falar desses instantes, desses segundos preciosos, vividos tão intensamente. Gosto de te sentir, bem perto, quando me dás o braço, quando te poisas no meu ombro.
E vem-me à memória, em filme lento, tanto e tanto.
Aquele momento, em que a brisa por momentos te levantou o cabelo, em que se tentava acender um cigarro com um isqueiro sem pedra, mas que preferia nem fumar a levantar-me e ir buscar um outro.
Aquele momento em que me pediste desculpa…
Aquele momento em que te disse "Pede-me desculpa outra vez…"
15 de Fevereiro, 2010 at 22:04
É tão bonito ter-se um momento para recordar, é tão sublime desfolhar albuns de sons com toque, gosto e cheiro. Que extraordinário é termos horas de filmes encadeados para relembrar e sorrir.
É património, é gloria tua.
E é sempre bom quando partilhas e que contigo nos fazes voar para aí ou para onde estivestemos e onde nos sugeres uma viagem de reencontro com os contornos de qualquer coisa linda que se redescobre através da névoa morna que depositas aqui …
Bem-hajas querido Francisco.
16 de Fevereiro, 2010 at 12:06
Sabes Teresa, é sempre de um calor morno, como tu também dizes, essas recordações que trago e que aqui deixo. Gosto de o partilhar, gosto de te fazer voar para lá. Mas enganas-te numa coisa… Não é glória minha. Melhor, não é só minha. É glória de quem os fez comigo, porque de outra forma não faria qualquer sentido. Essa glória partilho-a. Apenas tenho quota parte, pequena digo eu.
E cada momento vale uma vida. Valeu a pena passar por aqui por cada um desses momentos, por cada segundo que vivi ali, por cada infimo que recebi que no seu conjunto faz tanto. Se morrer hoje posso dizer que valeu a pena viver apenas por sentir tal grandiosidade, por ter na minha frente Musa tão grande, por ter sentido um afecto tão imensurável, que todas as palavras pouco dizem. Vale a pena. Vale a pena sobreviver mais um dia apenas para ter mais uma recordação, mais um momento, por mais ténue que seja.
19 de Fevereiro, 2010 at 20:54
São perenes, não são fogos fátuos.
20 de Fevereiro, 2010 at 18:18
São eternos Teresa. São sim. Marcaram, sulcaram de forma transcendente. Cada segundo foi e é único, belo e transcendente