Já o escrevi (algures por aqui ou num outro local qualquer, não me recordo bem…) que tudo na vida tem um ciclo. Nasce, cresce, matura-se e acaba por morrer ou, pelo menos, desfalecer. Reedito-o porque este ciclo chega ao fim. Depois de cerca de um milhar de escritos (só neste espaço são cerca de 460 em mais de 2 anos e meio…) fui-me esgotando.
Tenho no entanto uma dívida de gratidão a este e aos outros espaços onde fui escrevendo. Dívida pelas coisas que aprendi, pelo poder de me fazer recordar, pelas pessoas que conheci, que vieram, foram e ficaram. Com ele senti amor, frustração, paixão e amizade, sorri e chorei, corri e fiquei sossegadinho no meu canto. Essa dívida jamais a pagarei, mas fica expressa a minha gratidão.
Não me sinto com capacidade nem vontade de voltar aqui e escrever. Sinto-me incapaz de transmitir coisas com um sentido. Foi tempo que passou e que foi, e será sempre, tão importante. Deixei partes de mim por aqui, em cada post, em cada resposta a um comentário, que fiz questão de não deixar nenhum sem uma resposta.
O que está escrito, escrito está. Não sairá daqui, pelo menos para já. Ficará para quem o quiser ler. Eu vou dar uma volta, que este ciclo fechou para mim.
A todas as pessoas que leram e comentaram, a todas as que me falaram e tanto me mostraram, o meu mais sincero e honesto obrigado. Sem vocês nada disto tinha feito qualquer sentido.
Um abraço e um beijo. Com ambas as mãos, como me ensinaram que um beijo devia ser.
Até sempre.
29 de Agosto, 2011 at 23:03
Li todos.
Bem hajas pelo tanto de muito meu querido Francisco.
Click!…
29 de Agosto, 2011 at 23:06
Este…
29 de Agosto, 2011 at 23:07
Lembras-te?
Anunciaram-te. Andava por aí distraída e tropecei em ti. Em espanto abri-te a cada embrulho que surgia dentro das tuas caixas em encaixe. Revolvi cada papel de seda a restolhar sob os meus dedos, mergulhei nesses folhelhos, procurei-te lá dentro em segredo onde encontrei os teus bagos e sementes.
Revelaste-te, mas não me viste chegar. Voltei sempre até que te soprei ao ouvido- tive tanto medo de te acordar em sobressalto- devolvi-te gomos de polpa como presente, reparaste em mim, tornada vime, cesta, e aceitaste o cabaz.
Lembraste? Um tufo de ar sobre a terra, sob os pés. Pó de oiro, lançado para fazer voar. Foste Homem–Pássaro sem precisares de asas. Sentiste o vento no rosto?
Lembras-te?
Um dia aninhaste-me e senti-te o calor das penas.
Foste, és, perene todos os dias desde o primeiro.
Bem-Hajas por tanto
30 de Agosto, 2011 at 09:17
Bem sei que os leste minha querida Teresa. Bem haja a ti pelo tanto que me vais dando.
30 de Agosto, 2011 at 09:18
Este é um último que não o derradeiro. Apenas deixarão de estar por aqui…
30 de Agosto, 2011 at 09:19
Lembro sim Phoebe… Todos os dias…
30 de Agosto, 2011 at 09:48
Há lugares importantes que vamos descobrindo ao longo da nossa caminhada. São um pouco como um oásis, onde paramos para descansarmos e nos reabastecermos antes de seguir viagem. Este espaço foi isso para muita gente, na qual me incluo. Obrigada…
Podemos saber onde vais pousar agora?
30 de Agosto, 2011 at 09:53
Por ora para lado algum. É certo que dificilmente deixarei a escrita por completo, mas ficarão pelas linhas do meu Moleskine…
Obrigado pelas visitas, pelas leituras, pelas palavras, por tudo…
1 de Setembro, 2011 at 20:33
É com tristeza que li este texto, dizendo que um dos meus blogs favoritos acabou.
Adorei ler estas tuas “singelas linhas dos sonhos e esperanças” e trocar alguns comentários contigo, embora ultimamente tenha lido em silêncio nunca deixei de o fazer.
Quero agradecer, a generosidade com que partilhas-te músicas, belas fotografias e magníficos textos, e dizer que foi um autêntico prazer ler este “Sussurros e Respiros”.
O nome deste blog, que me faz sempre lembrar, de uns versos de um poema de O’ Reilly assim como alguns textos e comentários vão perdurar na minha memória.
“Rosa vermelha sussurra paixão
Rosa Branca respira amor
Ai a rosa vermelha é um falcão
E a rosa branca uma pomba”
Desejo-te as maiores felicidades neste novo ciclo da tua vida.
Até sempre
2 de Setembro, 2011 at 09:59
Bem-hajas São. Pelas leituras, pelas palavras, pelos elogios. Continuo à espera das fotografias que me “prometeste” mostrar…
Parafraseando uma linha de um dos meus filmes favoritos, “I’ll catch you on the flipside”
Até sempre.
21 de Setembro, 2011 at 21:38
Não voltas mesmo???
22 de Setembro, 2011 at 08:32
Tem dias em que a vontade de escrever aqui urge. No entanto, olhando para o que partilharia, sairia desprovido de um sentido que acho necessário.
Aprendi, no entanto, que muito poucas vezes devemos dizer um nunca redondinho e certeiro. Talvez um dia, aqui ou noutro lugar, de novo surja algo, mas por agora, não…
Entretenho-me no entretanto a ir preenchendo lentamente as linhas de um pequeno caderninho de capas pretas e em ir escrevendo umas linhas sobre uma certa bruxa Vitória…